quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Portas que se abrem


Pois não há vez que não faça figura de otária ao quadrado!

Cenário: porta de um qualquer serviço ou estabelecimento. Fechada. 

Um autocolante a dar uma simples instrução: Puxe.

E pronto, começa a bater o coração mais rápido, as palmas da mão a suar e toda eu sou gelo petrificado (expressão estúpida, eu sei! Mas soa-me bem, o que se vai fazer?). A pergunta a ressoar no meu cérebro como se da proveniência de toda a vida humana se tratasse. E agora. É para dentro ou para fora?

Passado o nanosegundo, atrevo-me confiante a empurrar e oiço claramente - sim, oiço e todos ouvem, tenho a certeza - um som estridente e elefantesco como aquele que anuncia o fim do Quem Quer Ser Milionário (pelo menos acho que ainda é assim, que agora descobri que a melhor forma de evitar uma boca gigante que fala sem parar é fazer fast forward e só parar nas perguntas e respostas! Acreditam que o programa fica em 6 minutos?!)

Voltando à porta.Som de elefante.

Olho para as pessoas atrás de mim e ainda penso que vou explicar que a culpa é deste meu cérebro que se acha anglo-saxónico e a confusão do puxe e do push. Mas, para além de mentecapta, ainda vou parecer meia louca e armada em estrangeira, pecado imperdoável neste mundo português. 

Calo-me e faço cabisbaixa um sorriso amarelo. 

Volto a empurrar. Mas qual cérebro anglo-saxónico qual quê? É burra mesma!

Venho-me embora. Afinal não preciso de sair agora.

Beijinho da Patinha


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