sexta-feira, 20 de março de 2015

Os presentes do dia do Pai são ridículos!


Sim, são! 

São ridículos, pindéricos, bimbos, pires, fatela (acho que, na verdade, ninguém diz isto!) e o que mais lhes quiserem chamar. 

São isso tudo. E eu adoro-os!



Lembro-me de na escola fazer umas coisas pavorosas para assinalar a data e lá vinha eu toda presunçosa com um cinzeiro hediondo - na altura ainda não era politicamente incorreto oferecer cinzeiros - ou com um pisa-papéis que não se aguentava de pé.

Imaginava que o meu pai olharia para aquelas obras de arte e perceberia logo que eram os melhores presentes do mundo. E provavelmente achava.

Já na adolescência ia sempre à mesma lojinha "de novidades" que, curiosamente, tinha as mesmas coisas há 10 anos e passei a comprar as coisas típicas; os chaveiros, os troféus, as medalhas e tudo mais pindérico-medonho. 

E depois cresci. E tive de acabar com isso tudo. Até porque, mesmo que o meu pai me ame muito, duvido que gostasse de receber  o molde em gesso do pé de Cinderela tamanho 40 biqueira larga.

E lá tiveram de começar as coisas aborrecidas, os polos, casacos e camisas - nos tempos em que era rica e nem sabia - e as t-shirts e peúgas no pós-Sócrates.

Felizmente, por também essa razão, nasceu a Maria do Carmo. 

Voltou tudo ao princípio! Agora para o pai dela . Colour me happy!

Como no ano passado ainda estava de licença de maternidade, estava desejosa de pôr a veia criativa a funcionar e ávida por um projeto. Foi a loucura! Desde a t-shirt personalizada ao desenho feito por ela com finger paint (até hoje tenho manchas no tapete) e à chucha personalizada, passando pelas medalhas e afins e, claro, ao pack de sócia do SCP, com direito a cartão com foto, fiz tudo e um par de botas.

Já este ano fui mais comedida. Pronto, comedida à Mãe Patinha.

Voltámos a fazer "um zenho" e apercebi-me que será engraçado fazer um todos os anos. Como que um testemunho rabiscado da sua evolução artística. Sim, estou ciente que não é a ideia mais original de sempre. E pior, se ela sair aos pais, a evolução pára ali nos 6 anos de idade...

Fizemos ainda mais umas coisitas, mas há duas que adorei!

E sim, escrevi este texto todo para basicamente poder mostrá-las. 

A primeira foi um postal que amo de paixão. Foi feito pela Sofia do Amor num Envelope, com quem me cruzei acidentalmente há meia dúzia de meses numa feira de artesanato. E assim descobri uma alma verdadeiramente criativa e, melhor ainda, uma pessoa maravilhosa a quem chamo já de amiga. E eu não uso a palavra de ânimo leve.

 É verdade que o pequeno pormenor de ela me trazer, sempre que nos encontramos, uns miminhos para adoçar a boca pode ter tido alguma influência, mas que mal tem sentir também com o estômago?

A única coisa que lhe disse para o postal foi: bicicleta, Provença (já fomos muito felizes na Provença!), menina e masculino. Quase impossível, certo? Não para a Sofia! Vejam só esta perfeição:



Note-se que a bicicleta é feita em MDF recortado! O máximo! A parte boa é que ela envia para todo o país, desde postais, a caixas e convites. Espreitem mais aqui.

A outra coisa que adorei foi uma caneca que mandei fazer. 

Uaaaauuu! Uma caneca!! Que coisa inaudita. E com fotos da CLSM? Agora sim é o expoente máximo da originalidade. Para não dizer do bom gosto!

Tudo verdade. Mas é dia do Pai! E além disso tem um twist.

Descobri num site inglês umas canecas de uma só cor (perfeitas para a minha vida a preto e branco) que, sendo vertida água quente dentro, revelavam uma foto escondida, voltando depois à cor sólida. Achei maravilhoso!

Não vou referir qual o site, porque estou irritadíssima com eles! Depois de 35 minutos a escolher a foto a cores, a preto e branco, afinal a cores, não, a preto e branco. E que tal sépia? Não, a cores. Ou a preto e branco?, sim depois de tudo isto descubro que não enviam para Portugal! Não lhes vou fazer publicidade. Maldita Moonpig!

E lá fui eu, desanimada e derrotada, até ao fotógrafo da esquina para, novamente, fazer uma daquelas minhas perguntas que têm inevitavelmente como resposta um olhar "mas de que é que esta maluca está a falar?", seguido de um lacónico "não temos.

    - A caneca mágica? Claro que temos!

Fiquei boquiaberta. Pelos vistos até é normal. Pasme-se!

Normal ou não, pindérica ou original, acho o máximo! Ou top, como está agora em voga. Palavrinha bem tonta...

Cá está o processo (como sempre pessimamente fotografado):




Giro, não? 

Mas do que o papá gostou mesmo mesmo foi do abraço e colinho de baboseira de 20 minutos quando chegou a casa. 

Esse é que foi o verdadeiro presente. 

Que coisa boa que também me derreteu!

Para o ano só leva o desenho.

Beijo da Patinha *


P.S. - Eu paguei por tudo. Não há cá publicidade camuflada! Bem, só a mim! :)



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