segunda-feira, 8 de junho de 2015

Da moda infantil ou de ser Maria-vai-com-as-outras


 Não gosto nada de ser Maria-vai-com-outras. Mas sou.

O que me consola é que, nesta coisa da moda, somos todos influenciáveis. A verdade é que todos seguimos, em maior ou menor grau, tendências que alguém imaginou e que outro alguém soube vender como frigorífico a esquimó.

E de onde é que isto vem?

Para explicar, tenho de confessar uma coisa escabrosa. Perdoem-me pelo que vou dizer e lamento se defraudo expetativas e desiludo as pessoas íntegras e de bom gosto.

Algum dia tinha de se saber. Tinha de confessar este mal que há em mim.

E esse dia é hoje.

Eu vejo e sigo o Keeping up with the Kardashians. É isso.

Não sou fã das famosas irmãs e família alargada e acho-os todos uns parolos desmiolados, mas divertem-me. E se estiver a dar - que é como quem diz vejo a gravação que fiz -  não resisto a deitar o olho. É como um acidente de carro na faixa contrária. É mau, sabemos que não deveríamos olhar, temos medo de o fazer, mas é impossível não ver.

E vai então que tenho visto a mais piquena - e que já ameaça destronar tudo o resto - mais conhecida como North West, filha da rainha das curvas Kim e do alucinado megalómano que acha que é Jesus, Kanye West, um pouco por todo o lado, desde aulas de ballet a aeroportos do mundo inteiro ou à primeira fila dos desfiles do Paris Fashion Week.

Uma vida perfeitamente normal para uma criança de quase dois anos como a minha, portanto. Aliás, a Maria do Carmo não só foi ao Moda Lisboa deste ano, como lançou uma coleção de swimwear desenhada por ela que fechou a semana da moda. Os quadrikinis foram um sucesso só.

Voltando à Norte Oeste. Lá vai então a criança, um amor por sinal, a reboque da mãe para trás e para a frente e geralmente vestida de.... preto.







Mas que raio, pensei eu, é que esta mulher está a fazer? Coitada da triste da miúda que nem criança parece. E coordenado atrás de cordenado, um só negrume.

Entretanto, como não poderia deixar de ser, vão surgindo os apontamentos negros ou o look preto integral nas coleções mainstream infantis um pouco por todo o lado.

Que disparate. Mas esta gente passou-se toda?

Há uns dias tive uns 50 minutos só para mim, enquanto o Super Gato foi ao Gymboree com a MC. Uma festa de compras para ela, já se sabe.

Entrava nas lojas e lá estava o preto. Mas que diabos.

Comentava com as senhoras da loja. Não consigo entender. Elas que também não. Que ideia absurda. Elas que sem dúvida nenhuma.

Isto está tudo parvo.

Quando cheguei a casa tinha construído,  nos tais 50 minutos, um guarda-roupa digno de uma mini fã de heavy metal. Tudo negro.

No final do século passado - adoro estas expressões que me fazem perceber que sou antiga - também tive a minha fase "metaleira".

Que não era uma fase. Era a expressão de toda a minha individualidade e seria assim para todo o sempre. E foi. Durante uns eternos, tenebrosos e nada abonatórios dois anos.

Talvez sejam ainda resquícios.

Sou uma meretriz das tendências, é o que é.

 Mas não é que ela fica o máximo?





Fotos tiradas num festival infantil que de falarei daqui a uns dias. Quando me conseguir recompor. Achei que o preto era o ideal. Não?

Beijo da Patinha *











2 comentários:

  1. Lol! És 1 Maria-vai-com-as-outras! Mas há peças em preto lindas! ;) E afinal tu tb vês o "big brother" :p

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  2. Cara Cavalo, não seja absurda, que eu só vi 1 - sublinhe-se - big brother. Eu e todo o país! Ou esqueceste-te que o pontapé do Marco parou Portugal??!

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